Um dia depois de vir a público sua condenação a cinco anos de prisão pelo crime de concussão, em sentença do juiz Leandro Augusto Sassi, o vereador João Carlos Maciel (PMDB) afirma que foi vítima de uma "conspiração diabólica".
_ Em 2009, quando estava na presidência da Câmara de Vereadores, tomei medidas duras de economicidade. Cortei horas extras e outras futilidades na ordem de R$ 1,5 milhão. Só aí eu já arrumei muitos inimigos. Essas três pessoas que testemunharam (assessores que teriam sido alvo do crime e falaram em juízo) podem ter sido influenciadas por pessoas atingidas pelos cortes. Isso é uma grande conspiração diabólica e política. Envolve alguém do PMDB. É muito maior do que o fato em si _ afirmou o vereador, que garantiu que já recorreu da decisão judicial em primeira instância.
Maciel também acredita que pode ter escolhido mal seus assessores:
_ O nosso trabalho social é de uma lisura que chego a tirar do meu trabalho da rádio, da minha própria mesa, para realizá-lo. Esses três não eram meu assessores diretos, foram comigo quando fui à presidência da Câmara. Acredito que não conhecem a fundo o meu trabalho social. Por que eu até posso mentir para as pessoas, mas eu não posso mentir para Deus.
A decisão judicial que condenou o vereador a cinco anos de prisão em regime semiaberto foi assinada em 13 de junho. Maciel teria recebido irregularmente parte do salário de três assessores administrativos de seu gabinete na Câmara de Vereadores entre janeiro e outubro de 2009.
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